Friday, April 07, 2006

Não Sei - Nausea e Anseio

Acho que esse é o maior problema.
Não me conheço mais.
Me deixo levar pelas marés do entretenimento
Preencho o vazio, deixo me viciar.
Entro de cabeça no primeiro sonho vão
Há um vão, a ser percorrido.

As costas doem, os braços, tendinite, lesão por esforço repetitivo
São insignias insuficientes para o basta.

Que mundo louco é esse?
Quem são vocês ai? Por trás desses olhos?
Onde vocês querem chegar?
Eu já perdi o meu rumo...

Cansei de andar no caminho das brasas, tropeçar nas pedras que ela deixou.
Mas este caminho era apenas mais uma tentativa vã, no sentido oposto da grande jornada.

No fundo, nada aqui me soa mais importante.
Meu caminho virou silencioso e circular.
Há almas que pedem socorro e eu trabalho com elas
Mas a minha não consigo encontrar.

É preciso desprender um grande esforço, e para isso não localizo forças
Sei que elas estão perdidas dentro de mim, e as vezes explodem feito fogos de artificio
Em esvoaçante e desperdiçada beleza, que não gera colorido algúm, pois o céu está nublado.

Sinto necessidade de nascer de novo, e de novo, e de novo, por uma centena de vezes, em companhia de almas libertadoras e caridosas. Assim posso absorver a liberdade, ser acolhido no sofrimento, e tolerar o sofrimento de outrém como dádiva, insignia divina para a libertação e o crescimento.

Necessidade de introspecção e silencio. Um retiro, um coma nessa personalidade. Por o eu na gaveta, me tomar pelas profundezas, estas, que em noites intranquilas me revelam por horas os esgotos profundos, e me devolvem apenas fugazes instantes de memória consciente.

As coisas não são o que parecem, nem parecem com qualquer outra coisa. Se é que são.
A fase de absorção de conhecimento deve cessar
A fase de Junção deve iniciar.

Assim que eu achar o rumo, estou indo imbora. Não sou daqui...nem da Bahia. Sou de aquario.
E já estarei lá quando você chegar.

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