Wednesday, June 13, 2007

Sem titulo...

De uns tempos pra cá eu tenho sentido uma espécie de vazio ao entrar na internet, como se algo estivesse faltando, uma sensação de esquecimento...Aí fico na frente da tela...pensando. Abro um browser, abro uma janela ali, outra acolá...fico vendo noticias disso...e daquilo. Paginas frias e bobas sobre coisas vazias...entretenimento.

As vezes a gente escolhe mudar um rumo na vida. Assim, uma parte da gente escolhe né...e esquece de convencer as outras. Pura desculpa...pura enrolação.

Geralmente me esqueço que eu não sou apenas a ponta do iceberg. Que por baixo das minhas finas camadas de conscîencia se esconde um emaranhado de coisas que rege meus dias, minhas crenças...meus desejos. Não tenho andado muito disposto a transbordamentos na verdade. Tenho preferido uma comédia sem sal a um drama existêncial, e se rimou...nao faz mal.

Daria um bom final.

Mas entrei disposto a cavocar um pouco, a pensar...não há muito o que pensar. Meus dias tem é sido vazios demais. Tenho aceitado um boicote a mim mesmo, sem sombra de duvidas, me atirei na lona no terceiro round, sentei no banco do intervalo e estou atrasando o relogio do gongo a horas pra não levantar. Parece que a luta já não é minha mais.

A moça do filme falou, foi a unica coisa que eu gravei dele "eu nao ganhei todas as lutas que eu disputei, mas com certeza perdi todas que eu nao lutei". Frase feita, forte, flecha...no corpo inerte. Mas e agora? Qual é mesmo a luta? Aonde eu queria chegar mesmo?

Uma vez no primeiro ano do segundo grau uma professora perguntou qual era o grande sonho de cada um. Pensei...pensei...e nao achei nenhum. Todos os que eu achava me pareciam bobos, incompletos, orgulhosos, efemeros e passageiros...como a vida. Naquela época não havia nada a que me fizesse sentido doar o rumo da vida, não havia meu caminho de tijolos amarelos.

Claro que há varios sonhos pequenos, objetivos...que nos disfarçam, nos camuflam das sombrias paisagens. Nossas maquiagens, posses, status e conforto é o que nos protegem da crueza de visão da vida que há no olhar de um mendigo.

Mas enfim. São essas pequenas trilhas, devaneios, rotinas que nos afastam do caminho espiritual. Mas que diabos de caminho é esse? Ah quem dera saber mais sobre ele. Sei o suficente para ainda agradecer por volta e meia esquecer que eu não sou apenas a ponta do iceberg. Que o iceberg muda, quebram as pontas, brotam outras, mas apenas é agua boiando sobre agua...num eterno aguaceiro que hesito em não chorar.

Outro bom final. Mas um fim é sempre um começo. Eu tinha bastante a pensar em voz alta aqui, sobre o buda, sobre o ayahuasca, sobre as pessoas, sobre o amor, sobre olhares quentes, abraços torridos, sobre as mulheres que me fascinam, sobre a paixão que sinto saudade de ter no fundo daqueles olhos azuis.

1 Comments:

At 18 June, 2007 07:24, Anonymous Anonymous said...

o caminho é a gente que faz, e tu já tá no meio dessa estrada. keep movin'

 

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