Sunday, December 16, 2007

-_-

[...] quanto mais claramente vemos as coisas como são, mais dispostos e capazes nos tornamos de abrir nossos corações a outros seres. Quando reconhecemos que os outros vivenciam dor e infelicidade porque não reconhecem sua verdadeira natureza, somos espontaneamente movidos por um desejo profundo de que eles vivenciem o mesmo senso de paz e clareza que começamos a conhecer.
Yongey Mingyur Rinpoche, em "A Alegria de Viver".
(retirado de www.samsara.blog.br)

Isso resume tudo, é o caminho
E isso é FODA. É foda quando você já sabe essas coisas e não consegue manifestar isso na prática com todo mundo, em todos os lugares.

Posso nessa vida me considerar um afortunado, apenas pelas palavras do Dharma, do ensinamento dos Budas que tive oportunidade de ouvir, que tive direito de empregar no meu dia a dia e me purificar de muita merda que eu carreguei desde esse tempo sem começo.
Sou afortunado por morrer seis vezes na mão do Ayahuasca e nascer de novo, com a nitida noção de que ainda sou um ovo, e ainda não sei nada, só sei que há muito a caminhar
Sou afortunado por ter sido acolhido e amado por uma familia, por ter bons recursos para viver a vida da melhor maneira, e da maneira que eu quiser.
Sou afortunado por ter muitos amigos para trocar bons momentos, e sou afortunado por ter irmãos na vida dispostos a aceitar os maus momentos, os maus pensamentos e os penares, embora eu prefira afundar nos infernos sozinhos do que carregar alguem pra lá comigo.
Sou afortunado pelos grandes mestres que a vida me deu, me ensinando ou estando a disposição pra ensinar que aprenderam da grande mestra, a vida, a vacuidade, a liberdade natural de ser e se refletir nesse universo vasto de possibilidades, seres, emoções e amor.
Sou afortunado pelas amantes que tive, pelas mulheres que me oferecem suas delicias e abriram o corpo para que eu as satisfizesse.
Sou afortunado por ser humano.

Preciso honrar isso mais e mais. Tirar as negatividades, me por a disposição do mundo para canalizar o amor natural. Para que mais e mais gente canalize.
Não há felicidade verdadeira alem disso. Nada que o tempo não corroa. Nada que não se dissolva, nada que não se transforme. Nada, na dança das mutações infinitas.
Que os budas encham de amor o coração de todos.
Que esse amor não se restrinja, que se espalhe o tempo todo.

4 Comments:

At 16 December, 2007 20:39, Blogger Unknown said...

só pra tu saber meu novo endereço

 
At 17 December, 2007 19:42, Blogger tatiana reis said...

lembrei bem de uma musica,assim que reli seu texto.
de como estar assim, me toca.

"Bom é não saber o quanto a vida dura
Ou se estarei aqui na primavera futura
Posso brincar de eternidade agora
Sem culpa nenhuma..."

afortunados somos!
=*

 
At 26 December, 2007 17:53, Blogger L. H. said...

eu tenho tentado medita, não tenho conseguido :\
é difícil pensar em nada quando o nada acaba sendo união de todos os pensamento, assim como a cor branca. demora, e também não tenho tido paciência hehe, de qualquer forma, invejo tua fortuna espiritual. um dia eu chego la :)

beijos querido

 
At 26 December, 2007 20:10, Blogger Unknown said...

eu sei, eu penso, eu acho tantas coisas, e não consigo praticá-las.

 

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