Ma (l estar) Gia
Sentou enfim, de frente para o rio
Em desespero
Corpo tremulo, mente insanamente
Conectada na mais ardida lucidez
Havia purgado o indizivel insuportavel
Angustia existencial daqueles de fé fragil
Que resistem aos devas, e as ilusões de mara
Atirado no inferno, viu o sinal
Assombrado, ainda não sabe se crê
Na magia de uma alma instigante
Que parece flutuar sem rumo no limbo do vir a ser
O sofrimento é a mola que impulsiona para a sabedoria
Já ouviu dizer diversas vezes
Mas enquanto presa das proprias visceras
Nunca viu luz, só trevas e solidão
Mesmo assim os budas sorriem
Os lamas gargalham
E o rio sussura, baixinho
shhhhhhhhhhhh
shhhhhhhhhhhh
cala-te e escuta
o silencio do vazio
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