Wednesday, September 13, 2006

Devaneios Vitorescos

Sempre nos dias ruins
Que por vezes duram éons
Rumino feito jumento, teimoso
Devaneios bestas.

Desfoco dos planos
Compromissos
Comprimo-me no bolso
E deixo o corpo vagar, sem um eu, oco.

Por vezes deixo o mato crescer
Deixo o chão sujo
Deixo a fortaleza romper
A cachoeira do passado inundar as plantações

Nisso perco o parco trabalho, feito, sem vontade, mas de sol a sol
Sabe lá até quando vou viver
Talvez não haja tempo pra colher

Quem viu o mundo virar do avesso?
Assumiu uma culpa vã?
Não teve a paz do choro?

Quem satisfez-se com um cantinho umido?
Optou por anos, em ser qualquer arremedo que sobrevivesse ao já desencantado viver?
Quem optou pelo sonho, por ser voyeur do proprio caminhar?

Quem vai seguir em frente?
Uma mão olha a outra, punhos cerrados nesse dia nublado e infernal
Ah Alceu...ficarei com os teus devaneios até o adormecer

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