Tuesday, August 15, 2006

Como houvesse no fim do arco-iris o sagrado pote de ouro

Sonho acordado
Com aquela vontade de correr pelo campo com todo o vigor
Parando apenas para vomitar os cacos de um passado quebrado
E me despir das velhas vestes de prisioneiro
Daquela forma de existir
Onde ser alguem de fato é uma heresia
Impáfia humana
Emanada da boca dos bois ignorantes, em um Muuuu...

Muuudo então, agora desnudo desse caos silencioso
E nu desbravo o calor colérico dos infernos internos
Me vejo perdido, em um ritual, e nada sei sobre mim
Da confusão busco uma porta de saida.
A longo prazo, como seu eu soubesse quanto ainda dura a vida

Saboreio uma maça, enquanto penso, detaido na cama
Em um suicidio interno, um martirio coletivo
Mas olho os arredores e não vejo rumo
Cada canto desse planeta já tem dono e pouco se partilha
Dos beneficios de Mãe terra, aos que não giram a roda
da escavadeira que em sua carnificina, devora o mundo.

Nisso me tranquilizo, relembro as palavras do sabio lama
A identidade é o centro propulsor da roda da vida
E do espaço vazio surgem tantas formas inimaginaveis
Para qualquer pobre ignorante feito eu.

Pergunto-me ao saborear a bela maça
A sugar o suco que se aloja em sua carne de forma tao harmonica
"se desejasses tomar essa forma por esforço próprio, maçã? Serias tao bela?"
A maça respondeu do seu jeito, calada e bela, como se rissem todos os Budas
Imaginei Tcherenzig com seus infindaveis braços e olhares, estendendo sua compaixão há todos os seres
Pensei então que devia relaxar...desapegar-me de mim mesmo para, enfim, me tornar alguem...
Um simples barco alojando gente na corrente do TAO.

Om mani péme hum

E as emoções negativas dissipam-se...

Om ah hum benza guru pema siddhi hum

E chama-se o guru espiritual, a luz dos iluminados

Om gategate paragate parasamgate bodhi svaha

E busca se atravessar para a outra margem...

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