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(De uma conversa no msn, catártica, com minha Espelha Lunar Branca e secréta)


Alou minha querida espelha
Cada dia penso
Que sei menos
Quem sou
Quando sento
Naquela mesa de jantar

Mas de um tempo pra cá
Sei que sou
Muitas coisas
E portanto
Não tenho que me preocupar

Se me perder nas ondas do chá
Sei que vou voltar
Se me perder nas malhas do amor
Sobrevida há

E se da jazida final
Retorno não há
Ss sentimentos e as angustias
Sao um fardo
Que não tenho por que carregar

Então cara mulher-espelho
Me reflito nas suas aguas limpidas e reluzentes
Esperando que não agite-se demais

Ainda me reconheço
Mesmo em pedaços
Quando estou com você

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