Saturday, January 28, 2006

Mimeógrafo

O post abaixo era pra ter uma continuação. Mas ninguem leu ele ainda mesmo... ;D

Um dia serei descoberto feito o Van Gogh...mas já será muito tarde, eu já não terei uma orelha!

;*

Tuesday, January 17, 2006

A sabedoria é a musica do silencio.

Um momento, apenas um. Que vai e vem, vem e vai.

A psicanalise deveria ter feito com o mundo ocidental o mesmo estrago que o Budismo fez na India e China de 2500 anos atrás.

Bom ao menos ela deve explicar por que raios eu tenho bloqueio para escrever, mesmo quando estou inspirado...

E assim vou colecionando frases curtas, separadas por uma linha branca de espaço, enrolando meus queridos leitores imaginarios.

Bom...

Moralidade - > Meditação -> Sabedoria

Verbalização - > Rememoração -> Insight

Hmm...onde eu queria chegar mesmo?

Talvez eu devesse puxar um pouco de Humanismo, e fazer um caldo mais caotico...

Pegue uma maça em mãos. Olhe para ela e pergunte-se...o que é mais garantido que exista de fato, essa maça em suas mãos ou a sua mente?

A primeira coisa que experimentamos nessa vida é a nossa própria mente, sempre. Num sentido mais amplo desse conceito. Digamos mais amplo do que qualquer conceito.

Nascemos, após um estagio escuro no utero, onde apreendemos o mundo pouco a pouco, um sentido por vez ao longo da gestação. Nesse processo já está se estruturando a mente.

Fundador da Psicologia Transpessoal, Stanislav Grof, estudou amplamente a memória de sujeitos em estado alterado de consciência. Descreveu em sua obra intitulada "A mente holotrópica" uma estruturação do processo mental que ocorre no utero, sob o nome de Matrizes Perinatais Basicas. Nesse estudo aponta para estágios mentais mais precoces do que a propria estruturação fisica do cerebro.
Os estados alterados de consciência citados, eram atingidos por um processo de hiperventilação na respiração, que o autor chamou de Respiração Holotrópica. Foi inspirada em algumas respirações do Yoga indiano (Pranayamas).

Bom, deixemos isso de lado por enquanto, vamos voltar a mergulhar no passado e voltar a ser crianças no utero.

Estamos lá, eu e você, novamente lá. Está escuro, você ja sente o sabor do liquido que o envolve na placenta, já se mexe e nada la dentro. La de fora você ouve vozes, sente afagos na barriga da mãe, e é afetado por todos as sensações e sentimentos dela. Ok, você nem sabe que tem mãe, desculpa, nem eu. De fato, não sacamos muito bem que existe algo la fora. A gente mal enxerga...e está totalmente escuro mesmo...

Chega o dia D. As tropas aliadas rompem a placenta normandica, e nós somos despejados. Muita tensão, sensação sufocante o nascer. Há berros, estão nos expulsando daqui, socorro!!

Oi? você ainda está ai?
Ah, ok...

Voltemos ao mundo dos adultos por um instantinho. Tenho uma novidade a dizer: Ainda temos essas memorias, em algum lugar. E elas nos afetam mais do que pensamos que sabemos.

Ok, vamos pular umas etapas, deixar nossa criança sair do utero, ser acolhida no colo da mãe, ser mostrada ao pai coruja que andava atucanado na sala de visita...ir pra casa e todas as trivialidades desse momento...Olhemos ela de fora novamente.

Saida do paraiso dos quatro sentidos, ela ganha a visão e a incompletude. Com a incompletude ganha a clivagem entre satisfação e insatisfação. O frio, e a fome...e o calor aconchegante e o leite tranquilizante.

Veja bem. Tudo isso antes de se dar conta de que ela é uma pessoa, separada do resto. Que ela é ela, e que a maçã é a maçã. Isso vem depois. Estamos falando a principio do que Freud chamou de fase oral do desenvolvimento.

A fase oral é a primeira fase no desenvolvimento humano...Tem esse nome devido ao sentido de nutrição. Nossa criança nasceu incompleta, como todo o ser humano. Quem dera nascer em pézinho e caminhando, feito um cavalinho né? Pois bem, nossa criança depende totalmente da mãe. Ela chora quando está com fome, um profundo sofrimento. A mãe logo vem, atucanada e a amamenta. Chora de frio, la vem a boa mãe lhe esquentar. Chora doente e a mãe leva ao médico certo?

Nessa fase, mãe e filho andam fusionados...Vivem um pro outro, e papai e irmãozinhos que se danem. O bebê só sobrevive através dos cuidados da mamãe, é um refém, mas ao mesmo tempo, é Sua Majestade o Bebê... Toda a atenção é dele, e ele faz o que der na telha né? Caga nas calças, mija na camisa de quem o pega no colo, e vai que ele vomita em vocêr também. Ugh.